domingo, 12 de dezembro de 2010

Medalha

Nossa Senhora - Partilha 5

Minha querida Mãe Maria, como são belos os momentos ao seu lado. É inevitável a admiração pelo seu Amor. É inegável o reflexo de Seu filho, tão amado.

“Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados.” Mateus 10, 30

Quando comecei a escrever um pouco do que sei sobre a Senhora, também aprendi o que é não ter palavras. Neste meu “diário eletrônico” por vezes tive vontade de deixá-lo com apenas o nome Maria, talvez, ficasse repetitivo para quem lesse, mas para mim em cada página, com uma simples palavra, seria como olhar em seus olhos e ver o reflexo de Jesus, do Amor, da paz, da delicadeza de uma mãe, da felicidade, enfim, quantas palavras se ligam ao seu nome? O que é mais precioso nesta vida?

A Senhora como Jesus entende seus filhos, por mais que são iguais cada um tem sua particularidade, gostos, enxerga por um prisma, hoje entendo o que é isto. Tento compreender, pois me compreendi primeiro. Assim como compreendi que as palavras que Seu filho deixou para nós são reais, pode parecer absurdo? Mas é! Não falo como alguém com conhecimento aprofundado nelas, nem como uma fundamentalista, mas como alguém que duvidou de tudo que me foi possível duvidar.

Lembro-me de cada detalhe como se fosse hoje, de quanto duvidei da existência de Deus (queria ser atéia), da Eucaristia, do Espírito Santo, dos Anjos, de muitas passagens bíblicas - principalmente dos mandamentos - duvidei do que ouvia e via,  era a favor do aborto, da morte assistida, era uma “skin head” quanto aos homossexuais e com mais um monte de pessoas, tinha medo da “passagem” da vida para morte, duvidei da Senhora, Minha Mãe. As respostas das pessoas não me serviam para nada se tenho um Deus é dEle que quero uma resposta, Ele me ensinará a compreender, assim agia. Até hoje, nunca fiquei sem respostas. Tive respostas até quando em pensamento fiz uma pergunta a Deus. Até quando sem querer perguntei: “será?”  Estas ultimas foram respondidas de forma imediata.

O interessante disto tudo é que não fui a única testemunha da maioria destas respostas, tenho amigos e conhecidos, além de provas, que se você também duvida como duvidei pode entrar em contato com elas. Deus é tão perfeito.  Não sou uma “louca” sozinha.

Tudo que me acontecia, assustada tentava meditar. Hesitava em contar para as pessoas, pois tinha medo de ser chamada de louca por elas. Então, comecei a falar para minha mãe para ver se ela me ajudava  a pensar e fui chamada de louca. Já imaginou isto? Ser chamada de louca pela própria mãe? E o que fiz? Eu achei que estava ficando louca mesmo, chorei por ser louca, mas logo pedi uma ajuda e explicação a Deus se era dEle mesmo ou se minha mãe estava certa e Ele me deu uma visão em um sonho, avisei-a com antecedência, aconteceu, minha mãe se calou e eu comecei a compreender...

Tive medo, muito medo do que vi, ouvi e senti e quando também tomei conhecimento da magnitude daquilo. Passei a ser obediente por temor apenas, mas foi com a Senhora, minha Mãe Maria, que aprendi o que era o Amor, a essência da Vida. Com a Senhora que passei a ser obediente por Amor, não por medo. Porém, não foi do dia para noite, não sou assim uma “expert”, pelo contrário, demoro a entender e como demoro.

Desta vez eu estava trabalhando para uma pessoa que era um “pouco diferente”. Naquela época eu já sentia aquela paz, a paciência, tudo passou a ser leve, meu telefone tocava cerca de 10 vezes por dia e eu sorria. Ouvia palavrões da minha chefa descontrolada e não me irritava mais. Comecei a olhar as pessoas com outros olhos, ensinei minha chefa a falar bom dia e como vai ao telefone. Estava achando incrível aquilo, ela não falava faz isto, faz aquilo! Fez isto, fez aquilo? Não, ela dizia antes: “Bom dia, Fabiana. Como vai?” era engraçado, eu me divertia ouvindo ela toda séria falar: “Bom dia, Fabiana, como vai?” e depois jogar aquele monte de coisa no meu ouvido, bom, o início da conversa ela já tinha mudado, pelo menos recebia bom dia. O restante da conversa eu nem ouvia, normalmente era algo que eu já sabia ou já tinha resolvido.

Um tempo depois tive um pequeno probleminha em meu celular, além de começar a trabalhar mais no subsolo, o que fez com que ela não me encontrasse mais, assim, acostumei a receber milhões de torpedos com o titulo: “te ligou”   receber e_mails dizendo p eu fazer algo e depois outro dizendo que já tinha resolvido, é, não lia meus e_mails diariamente. Percebi também que tinha outras pessoas que podiam fazer o que eu fazia, e que eu não tinha necessidade de ouvir aqueles palavrões diários, não que ela me xingasse, mas xingava tudo, era pessimista com tudo, daquelas pessoas que dentre 10 palavras 7 são palavrões e 3 são palavras pessimistas, sabe? E o pior, ou melhor, é que muitos eu não sabia o significado, fato este que surgia assuntos divertidos com meus colegas.

Percebi também que enviar e_mail p minha chefa uma vez a cada duas semanas bastaria, não precisava ouvir aquele monte de coisa, pois tudo andava em seu devido lugar.  Mas isto teve uma reação, comecei a perceber que meus colegas de trabalho estavam ficando esgotados com tantos palavrões, temiam atender o celular, começaram a ficar mais tristes do que já estavam, não tinham mais vontade de ir trabalhar. Percebi que não estava certo, meu lado esta “ok” e o dos outros?



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