terça-feira, 12 de outubro de 2010

A garota que estava no trator e seus primos foram interrogados de todo o jeito pelos tios e tias que surgiram lá. Uma tia puxou a garota para um lado e pediu para que ela contasse direitinho o que aconteceu e ela disse, mais ou menos assim:
“ah, tia, ela caiu e as duas rodas passaram sobre ela a menor e a maior, a maior passou duas vezes, pois o pai dela não conseguia tirá-la de lá. E ele gritou Nossa Senhora Aparecida e a eu estava em cima do banco que ficava em cima da roda eu ele levantou.”
E a tia continuou: “ levantou, como levantou?”
E a garota que achou aquilo a pergunta mais sem nexo disse: “quando tem algo embaixo a roda levanta, tia.”
Depois, levaram-na para o hospital na cidade e a garota foi junto. Lá a atenderam rapidamente, fizeram vários exames e demorou muito. Quase à noite os médicos disseram que não havia nenhuma fratura, nada. Não sabiam explicar, a garota estava bem. Mas que mesmo assim ela deveria ficar em observação, pois poderia ter alguma hemorragia.  A garota foi levada para casa de seus pais e no dia seguinte estava novamente com seus avós, pois seus pais foram até lá. A avó havia guardado a blusinha que estava na neta, a cor era salmão e as marcas das rodas sobre o tórax eram muito evidentes, sua avó disse que levariam para a cidade de Aparecida, pois presenciaram um milagre.
A garota não acreditou muito, mas não contestou muito. Ela não entendia muito aquele negócio de fé e milagre ainda. O tempo passou a garota estudou e um dia ela percebeu que sua prima havia agüentado muito peso sobre seu tórax e que normalmente estes casos eram graves, porém sua prima não havia tido nada além de dores musculares que relatava, mas que passaram logo.
O tempo foi passando e aquelas dúvidas sobre milagres aumentando, pois não era apenas este que havia presenciado. Um tempo depois obteve uma resposta.
Em uma de suas visitas a casa de sua prima, um dia perguntou a sua prima sobre o acontecido e sua prima respondeu:
“Não era para eu estar aqui. Os médicos disseram isto para minha família, o jeito que foi eu não agüentaria, mas Nossa Mãe me apresentou ao Pai, quando o meu pai clamou por Ela. Era para você ir no meu lugar, eu nunca me esqueci disto, por que será fui eu?”
E a garota respondeu: “Eu também não sei, não sei de sua parte, mas eu acho que foi porque eu precisava ver e tocar o milagre para um dia crer e proclamar que Nossa Mãe Maria é bem aventurada! Eu vi um milagre debaixo de meus olhos, mas demorei a compreender.”

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