Partilha Nossa Senhora – 3
Novamente,
querida Mãe Maria, venho no mês de maio agradecer por tudo que tem feito por
mim e pelos seus filhos e filhas. Obrigada por nos apresentar a Seu filho
Jesus, Nosso Senhor. E nos ensinar a
amá-lo a cada dia mais.
Ainda ecoam em
minhas lembranças e em meu coração agradecido os momentos que, como nas Bodas
de Caná, apresentou-nos a Seu Filho, tão Amado.
Aqueles milagres
que duvidei, guardando alguns por muito tempo em meu coração, ora ignorava-os,
ora questionava-os. Um dia pude compreender, e então, silenciei-me. Hoje
percebo quão sublime foram e o quanto é belo o que disse:
“... proclamar-me-ão
bem-aventurada todas as gerações...”
Ainda na pré-adolescência, a garota que faz parte desta
história, porém não é a protagonista viveu mais um momento diferente, mas que
demorou tempo e muito tempo para entender. Seus primos eram seus principais
amigos e nos fins de semana e férias, quando juntos, gostavam de inventar
brincadeiras, naquela idade a maioria delas envolvia velocidade, adrenalina. O
esqui sentado usado em alguns lugares não podia ser usado por lá, pois além de
não haver neve, era complexo demais, demorava muito tempo p se fazer um, como
não tinham praia, nem pranchas, nem
areia, o esquibunda funcionava usando folhas de “palmeiras” ou papelão sobre a grama. O único problema é
que tinha que subir a pé até o topo para recomeçar. Com o tempo isto se tornou
cansativo e então aprenderam a “pilotar” as motos no campo de futebol, pois os cavalos já
não tinham tanta graça tbem.
Algumas semanas e precisavam de algo novo: o trator. Ah,
este era o preferido. Mas dependiam da aprovação dos adultos, não queriam subir
e descer a parte traseira com alguém em cima, nem dirigi-lo como faziam antes, queríamos mais. Foi quando descobriram um
lugar que possibilitava uma visão perfeita, era um lugar que parecia um
“cogumelo” preto que fica na frente do trator, sentavam na parte frontal do
trator e seguravam nele.
Aparentemente não fornecia perigo, pois sentavam de
maneira confortável e o trator não alcançava tanta velocidade assim. Os primos
convenciam os adultos e sempre pegavam uma carona lá. Tinha uma regra entre
eles, cada trecho era um, enquanto os outros iam do lado do motorista nos
“bancos” sobre a roda.
Um dia um tio teria que ir pegar uma carreta há uns 6 km
dali, quando eles iam a distancias assim não deixava nenhuma “criança” ir
naquele local, só podiam ir ao lado deles, principalmente para não perderem
tempo, pois andavam mais devagar quando as deixavam ir naquele lugar, mas os
primos convenceram - no e foram.
Cada trecho e eles paravam para trocar os primos de
lugar, era uma viagem bem tranqüila, o local em algumas partes era inclinado,
porém a estrada era muito boa com
cascalhos que facilitava muito.
Era a vez da garota no “cogumelo”, mas sua prima insistiu
em ir e como seu pai que estava dirigindo e ela era a mais nova, a garota cedeu
à vez.
Estava tudo tranqüilo quando de repente sua prima caiu e
com a velocidade do trator naquela inclinação seu tio não conseguiu pará-lo, a
roda pequena quanto maior passaram sobre sua prima e quando o trator parou sua
prima ficou embaixo da roda traseira, foi um grande susto, pois naquele local a
estrada não era tão boa assim, o que fez seu tio ter que passar novamente a
outra parte da roda sobre sua prima, para que a tirasse debaixo de lá.
O momento foi tão desesperador que ecoava a voz do pai da
garota em desespero clamando por Nossa Senhora Aparecida para que salvasse sua
filha.
Foi tudo muito rápido, um adulto ajudou a tirá-la de lá e
levaram rapidamente para casa. Lá sua avó a recebeu enquanto seu pai tentava
acalmar sua mãe.
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