sexta-feira, 13 de maio de 2011

Milagre parte 2


Pensava muito em diagnósticos errados e que talvez isto acabasse confundindo a população mais simples, menos informada e os induzisse a dizer que foi milagre ou ainda que aquela devoção fosse tão contagiante que qualquer um dizia sem mais ou sem menos que foi um milagre de Nossa Senhora Aparecida, infelizmente isto existe sim, não podemos descartar esta hipótese, entretanto, mesmo conhecendo os critérios do Vaticano para determinar se algo é milagre ou não e pensando que muitos eles nem sequer tinham conhecimento, ficava a pergunta: como poderia alguém tão simples, sem conhecimento algum, saber que algo era real, um milagre e como eu uma simples mortal poderia reconhecê-los nesta situação?

A partir deste ponto de interrogação que permanecia em meu coração, voltei-me a Maria durante um bom tempo, quando aquilo me atormentava, para lhe pedir uma explicação.

Minha vida continuava pacata, desta vez no interior de São Paulo. Estava vivendo a época tão esperada: os estágios práticos. Estava na clínica da faculdade, foi a única época que as 3 amigas (da mesma casa) estagiaram no mesmo local. Uma na hidroterapia, outra na ortopedia e a outra na neurologia adulto.

Um dia uma senhora, que passava pela ortopedia, pois tratava de seu joelho, disse que estava sentindo algo diferente em sua mama e pediu para minha amiga ver se era algo “normal”.

Essa minha amiga me tirou da piscina e pediu para que eu apalpasse aquela senhora para ela. Eu estava fazendo um trabalho sobre oncologia e por mais que explicasse que meu trabalho era sobre tumores ósseos, não adiantava e eu fui lá ver a senhora. Avaliei-a e realmente algo estava diferente, muito diferente. Qualquer um notaria. Como éramos estagiárias fui chamar nossa supervisora que logo a encaminhou p o HC onde ela fazia acompanhamento do joelho.